História
O tênis de mesa é um dos mais tradicionais esportes paraolímpicos, disputado desde os Jogos de Roma tanto no masculino quanto no feminino.
Todas as edições dos Jogos Paraolímpicos tiveram disputas da modalidade. Com o passar dos anos, ocorreram algumas mudanças.
Desde os Jogos de Roma (1960) até o Tel Aviv, em 1968, eram disputadas partidas no individual e em duplas.
Em Heidelberg (1972) começaram as disputas por equipes.
Toronto (1976) e Arnhem (1980), só tiveram disputas de jogos simples e por equipe.
O open entrou no calendário paraolímpico oficial nos Jogos de 1984 e em Seul (1988).
Em Barcelona (1992), as disputas passaram a ser apenas no individual e por equipe.
Já em Atenas, também teve disputa de duplas.
A história do tênis de mesa no Brasil se confunde com a do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), pois a modalidade começou com a fundação do Comitê, em 1995.
O país é representado nos Jogos Paraolímpicos desde Atlanta (1996).
Os mesatenistas Francisco Eugênio Braga, Luiz Algacir e Maria Luiza Pereira foram os pioneiros na competição.
Em Sydney (2000), participaram dos Jogos Anita Sutil, Carlo Di Franco (o Carluxo), Lucas Maciel e Luiz Algacir.
Em 2003 o CPB organizou o Parapan de Tênis de Mesa, em Brasília. Os mesatenistas Cristovam Jaques, Iranildo Espíndola, Ivanildo Freitas e Luiz Algacir carimbaram seus passaportes para Atenas ao vencer o torneio continental.
A prata de Roberto Alves garantiu sua participação na Grécia.
Entre os deficientes mentais, Lucas Maciel foi o representante brasileiro, cuja vaga veio com a oitava colocação no Mundial do México de 2003, que reunia atletas com esse tipo de deficiência.
Nos Jogos Parapan-Americanos do Rio de Janeiro em 2007, o Brasil foi campeão geral da modalidade com 26 medalhas, sendo 11 de ouro, sete de prata e oito de bronze.
No tênis de mesa participam atletas do sexo masculino e feminino com paralisia cerebral, amputados e cadeirantes.
As competições são divididas entre atletas andantes e cadeirantes.
Os jogos podem ser individuais, em duplas ou por equipes.
As partidas consistem em uma melhor de cinco sets, sendo que cada um deles é disputado até que um dos jogadores atinja 11 pontos.
Em caso de empate em 10 a 10, vence quem primeiro abrir dois pontos de vantagem.
A raquete pode ser amarrada na mão do atleta para facilitar o jogo.
A instituição responsável pela modalidade é a Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF).
Em relação ao tênis de mesa convencional existem apenas algumas diferenças nas regras, como na hora do saque para a categoria cadeirante.
No Brasil, a modalidade é organizada pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM).
Classificação
Os atletas são divididos em onze classes distintas.
Mais uma vez, segue a lógica de que quanto maior o número da classe, menor é o comprometimento físico-motor do atleta.
A classificação é realizada a partir da mensuração do alcance de movimentos de cada atleta, sua força muscular, restrições locomotoras, equilíbrio na cadeira de rodas e a habilidade de segurar a raquete.
•TT1, TT2, TT3, TT4 e TT5 – atletas cadeirantes
•TT6, TT7, TT8, TT9, TT10 – atletas andantes
•TT11 - atletas andantes com deficiência mental
Regras
REGRAS OFICIAIS
As regras oficiais para as classes dos andantes (de VI a X) e classe XI (deficientes mentais) são as mesmas estabelecidas pela ITTF, à exceção do saque, nos casos de alguns atletas com o braço livre amputado ou com alguma deficiência que não lhes permite estender totalmente a palma da mão.
No caso dos cadeirantes (classe de I a V), existem algumas diferenças:
- O saque deve ultrapassar a linha de fundo da mesa adversária. Saques que saem pela linha lateral da mesa oponente são repetidos;
- Nas partidas de duplas, o atleta pode rebater a bola duas ou mais vezes consecutivas desde que a roda da cadeira não ultrapasse a linha central imaginária da mesa.